Uma cooperativa de saúde vinha tendo problemas com o pacote de software usado na gestão de suas operações. Isso provocava problemas operacionais e danos à sua imagem. Sua administração decide constituir uma empresa subsidiária com a missão de desenvolver uma solução de software própria mais adequada às suas necessidades.
A metodologia para o desenvolvimento da nova solução foi o Scrum. A necessidade pela prestação de contas da nova empresa e as exigências de transparência no processo são incompatíveis com métricas técnicas baseadas nos itens de backlog da equipe.
O backlog da equipe é constituído por três tipos de itens. Basicamente, pequenas histórias de usuário; atividades de arquitetura; e épicos impossíveis de medir pelas mesmas técnicas usadas para as histórias.
Como dar satisfação à cooperativa sobre a eficiência na utilização de seus recursos sem comprometer os ganhos no desenvolvimento ágil?
Resultado
A meta de produtividade foi definida em um patamar 19% superior à linha de base.
O estabelecimento da meta foi com base na medição em pontos de função das releases entregues, da coleta do esforço investido com a sua compatibilização considerando o escopo de atividades com referências de benchmarking e objetivos de melhoria.
Os objetivos de melhoria surgiram da descoberta de alguns ofensores de produtividade, até então ocultos por não haver uma métrica que isolasse a medição da produção da forma como os sprints e itens de backlog são organizados pela equipe.
Os squads seguem se autogerenciando a partir da priorização do backlog da equipe e do backlog da sprint. Usa seus métodos próprios para estimar no microgerenciamento de cada sprint (ou mesmo nem estimam conforme o caso). A cada cerca de 3 sprints, há a liberação de uma nova release.
A cada release a produtividade global é apurada e avaliada em termos da meta. A equipe pode avaliar o seu progresso em uma perspectiva mais alta no espaço entre releases a partir do fator de conversão de story points para pontos de função atualizados a cada release. É um fórum para descobrir novas oportunidades de melhoria, obstáculos durante o desenvolvimento da release e alternativas de solução.
Há maior transparência sobre como os recursos são aplicados; as discussões sobre os eventuais problemas na eficiência operacional permitem a sua identificação e solução cedo. O retrabalho é reduzido ao necessário para um ciclo de experimentação, feedback e aprendizado e percebe-se uma preocupação em melhor organizar o backlog nesse sentido.
Como as partes foram integradas
Nosso Centro de Orçamento desenvolveu uma sistemática para trazer visibilidade externa ao controlador ao estabelecer metas de produtividade em pontos de função para o planejamento e monitoramento do desenvolvimento em um nível de roadmap.
Aplicamos tecnologias de Analytics & Machine Learning para estabelecer relações estatísticas entre as métricas da squad, similares ao story point, e a medição em pontos de função no nível do roadmap. Usamos técnicas de regressão linear, análise de variância (ANOVA) e testes estatísticos.
Nossa Fábrica de Métricas realizou as medições nas releases usando a Análise de Pontos de Função – IFPUG – por profissionais certificados CFPS.
Todas as ferramentas de acompanhamento gerencial foram implementadas em planilhas de planejamento, monitoramento e controle.
O cliente foi treinado nos cursos de Capacitação em Análise de Pontos de Função e realizou algumas Oficinas de Medição com o propósito de melhor entender a métrica e ser capaz de auditar, se necessário.