Um dos maiores bancos do Brasil passou por uma profunda reestruturação em seu fluxo no desenvolvimento de sistemas. Um gateway foi estabelecido no ponto em que uma ideia de negócio entra na fila para desenvolvimento em uma solução. Seu objetivo é direcionar uma demanda classificada como “pequena” para um fluxo ágil.

Outro gateway é posicionado mais adiante no tempo e antes de haver a informação para a solicitação de uma proposta. Neste ponto, o processo de atendimento requer uma estimativa de ordem de grandeza para as horas a serem investidas. Apenas a informação  típica de um anteprojeto é disponível nessa etapa do desenvolvimento.

Como fazer isso muito antes de haver requisitos em um nível que permita solicitar uma proposta?

Solução

Entregues duas planilhas eletrônicas, a “classificadora” e a “estimadora” para atender esses objetivos a partir das informações disponíveis em cada gateway.

Os dados armazenados nas planilhas associados ao efetivamente verificado em cada iniciativa permite o aperfeiçoamento do modelo de maneira que tenha maior acuidade.

Uma visão de futuro é incorporar o modelo em uma solução de software, que diminui o gap nesse aperfeiçoamento do modelo ao incorporá-lo à própria ferramenta de workflow usada na gestão das iniciativas.

Resultado

Em um cenário no qual os indivíduos não sabem por onde começar para dar respostas fundamentais ao avanço de iniciativas em um processo de atendimento, as orientações práticas, a estruturação dos insumos de cada modelo e os resultados oferecidos facilitam uma reflexão crítica e a obtenção de uma previsão assertiva e baseada em lições aprendidas. Como um benefício colateral no segundo gateway, o preenchimento da planilha permite validar se o anteprojeto cumpriu o seu objetivo pela qualidade da informação disponível.

Como as partes foram integradas

A partir do entendimento do novo fluxo de atendimento de demandas, de entrevistas com profissionais do cliente responsáveis pela avaliação em cada gateway, referências de mercado e modelos de referência como o COCOMOII, a equipe da FATTO identificou fatores conhecidos em cada gateway.

Analisamos 277 iniciativas de negócio, 587 de projetos de médio e grande porte e 692 projetos de pequeno porte. Aplicamos ferramentas de aprendizado estatístico supervisionado como a regressão linear múltipla e árvores de regressão e classificação.

A partir das descobertas, um especialista em pontos de função e um analista de dados desenvolveram um esquema próprio para aquele contexto de aproximação do tamanho em pontos de função.

Como a organização já tinha uma alta maturidade na governança de TI e no uso de métricas de software, seus indicadores de produtividade puderam ser usados na composição do modelo de estimativas, ou seja um tipo de benchmarking interno, e não houve necessidade de utilizar os dados do Grupo de Padrões de Benchmarking de Software Internacional (ISBSG) ou da base de benchmarking da FATTO.

O uso de pontos de função e a complexidade dos modelos de classificação e de estimativa ficaram completamente transparentes para os seus usuários dos modelos, que apenas fornecem os insumos selecionados das informações naturalmente sua responsabilidade.