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Comparativo das atividades no LowCode
Quando nós fizemos a medição dos casos de desenvolvimento com Low-Code e identificamos altíssimas produtividades, uma das primeiras coisas que fizemos foi tentar entender quais as atividades que estavam sendo realizadas naquele desenvolvimento; qual o tamanho das equipes; quais as necessidades de comunicação; enfim, quais fatores – além da ferramenta em si – que pudessem contribuir para aquelas produtividades.
Desenvolvimento individual
A primeira coisa, que chamou a atenção, é que o desenvolvimento nessa “Zona Segura” é basicamente individual. Ou seja, há um desenvolvedor muito próximo ao usuário final colaborando de uma maneira direta para entrega das funcionalidades desenvolvidas na plataforma Low-Code. E Isso me pareceu bastante compatível com a qualificação da Zona Segura, definida pelo Gartner e apresentada em nosso último post.
Caminhos de Comunicação
Os caminhos de comunicação em um desenvolvimento crescem de maneira exponencial, conforme se aumenta o número de participantes. Enquanto duas pessoas compartilham um caminho de comunicação, esse número sobe para 21 caminhos quando o desenvolvimento exige 7 participantes. A quantidade de caminhos de comunicação é um dos principais fatores a contribuir para menores níveis de produtividades no desenvolvimento. Isso principalmente em função dos ruídos introduzidos; da necessidade de compatibilizar agendas e sincronizar atividades; e dos fluxos de aprovação e feedback. Em resumo, usar referencias de produtividade no desenvolvimento individual para planejar e avaliar o desenvolvimento com equipes maiores pelo simples fato de compartilharem a mesma tecnologia de desenvolvimento Low-Code é um absurdo.
Escopo de Atividades
O segundo item, que identificamos como contribuindo para essa alta produtividade na Zona Segura, foi o escopo de atividades. As atividades realizadas no desenvolvimento nessa Zona Segura estão concentradas em um subconjunto do escopo total de atividades, tipicamente presente no processo de desenvolvimento.
Referências do escopo de atividades geral
No sentido de representar esse escopo de atividades total, usamos também como referência o Gartner. Ele utiliza um esquema de categorização das atividades composto por 9 itens. Cada um correspondendo a um tipo de atividade. São eles: Gerência de Projetos; Análise e Gestão de Requisitos; Projeto; Tempo de Desenvolvimento e Testes de Unidade; Teste de Sistema; Remoção de Defeitos; Treinamento e outros.
Os níveis de atividade no desenvolvimento Low-Code
Devido à falta de apropriação de horas nos casos estudados, não se consegue depreender uma distribuição do esforço de maneira rigorosa. No entanto, verifica-se que a distribuição do esforço nos desenvolvimentos na Zona Segura, como categorizada pelo Gartner, concentra-se no Tempo de Desenvolvimento e Testes de Unidade, algum nível de Teste de Sistema e Remoção de Defeitos. Caso a distribuição do esforço do desenvolvimento Low-Code na Zona Segura correspondesse à distribuição média, o percentual acumulado nessas 3 atividades seria de cerca de 48%. Mas esse não é o caso.
Um racional para estimar a produtividade na Zona Suportada
Conforme se avança para desenvolvimento da Zona Segura para a Zona Suportada ou para a Zona de Perigo, aquelas atividades praticamente desnecessárias no desenvolvimento na Zona Segura, passam a cumprir um papel importante para os objetivos do desenvolvimento. Enquanto a ferramenta facilita o Tempo de Desenvolvimento e Testes de Unidade, os Testes de Sistema e a Remoção de Defeitos, o mesmo não acontece na mesma proporção nas demais atividades e consequentemente há o reflexo em uma menor produtividade.
Conclusão
Repassando um breve resumo. Aqui, comentamos sobre a quantidade de pessoas envolvidas no desenvolvimento e das peculiaridades na distribuição de esforço entre as atividades do desenvolvimento quando se comparar casos de desenvolvimento na Zona Segura, na Zona Suportada e na Zona de Perigo. Apesar dessas peculiaridades a informação sobre os ganhos de produtividades nos 03 itens com maior nível de atividade no desenvolvimento Low-Code e uma avaliação comparativa das exigências para os demais itens no permite extrapolar as produtividades nesses itens para o desenvolvimento Low-Code na Zona Suportada e na Zona de Perigo.
